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12-07-2005

O terror


Editorial

Vemos, ouvimos e lemos.
Ficamos espantados, incrédulos e, por fim, revoltados.
Imagine-se o leitor vivendo o horror e a aflição do dia 11 de Setembro em Nova York.

Coloque-se, mentalmente, o leitor na carnificina sem limites de Bali em Outubro de 2002. Imagine-se viajando num dos comboios de Madrid em 11 de Março de 2004 ou deslocando-se no metropolitano londrino no passado dia 7. Pense que estava numa qualquer esplanada de Jerusalém ou que assistiu involuntariamente ao massacre de Sbrenica em 1995.

Pense, por um instante, numa das 3016 vítimas mortais de NY, mesmo que não conheça ninguém. Viva por instantes a dor daquela mãe que viu pela televisão, 10 anos depois, a bárbara execução do seu filho às mãos dos sérvios na Bósnia. Reflicta o leitor sobre os constantes ataques e atentados entre religiões na Índia ou na Malásia. Incline-se o leitor sobre a memória do massacre de Santa Cruz em Timor.

Todo este horror tem sido praticado em nome de Deus.

A lista é infindável e os últimos 50 séculos estão cheios de terror e mortandade como os da pequena lista de crimes que citei.

Será o mesmo Deus Único, que olhamos sobre estas diversas formas, o mesmo? Será o mesmo Deus, que sob todos estes diferentes olhares, continua a inspirar as maiores barbáries e as mais horríveis carnificinas?

Não, não é Deus.

É mesmo a vaidade, a ganância, a necessidade do poder e a maldade humana que induzem os atentados e todas estas guerras. Nenhuma das principais religiões monoteístas do mundo prega tais vícios, actos ou comportamentos.

A vaidade terrena de muitos religiosos incita os crentes, demasiadas vezes, independentemente do seu grau de instrução, ao cometimento destes repugnantes feitos.

Os exemplos de santidade e virtude são infelizmente muito poucos, comparados com os da maldade. Mas são os bons legados que interessa procurar seguir e a mensagem da verdade que devemos alcançar. É por isso que realço as palavras do Santo Padre a propósito dos atentados de Londres rezando “para que Deus toque os corações dos terrorista", antes de pedir, de maneira eloquente, que deixem de matar.

Estes atentados têm outra faceta em comum também. A grande maioria dos autores materiais dos mesmos continua fugida e nenhum dos mandantes ou inspiradores foi capturado. A incapacidade do Mundo civilizado para lidar com estas ameaças é por isso mais do que evidente.

É talvez, alicerçados nestes factos, que se deva repensar a luta para limitar o flagelo dos atentados. Não será o fundamentalismo da palavra, a cobardia da liderança sem exemplo de vida, que explora as fragilidades e incita os mais fracos? Estou disso convicto. A materialização dos crimes, se bem que horrenda e criminosa, não é mais que a sublimação do que antes foi malevolamente incutido por estes falsos líderes religiosos, convertidos em profetas. Seja qual for a sua crença, é necessário detê-los nos seus antros de difusão do mal a que chamam escolas.

António Granjeia*
* Administrador do Jornal da Bairrada


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